ZL, pt.2

Sábado foi dia de retornar a Zona Leste, mas dessa vez eu ia para lá as quatro da tarde, finalmente iria ver a ZL de dia.

Fui de metro, adentrando pela lendária linha vermelha. Achei aquela a linha mais legal do metro. Provavelmente porque é fora da terra e é muito mais alta que a da zona norte. Também tinha estações imensas, cara de cidade grande.

Peguei ela numa hora em que sol começava a descer e pela primeira vez gostei do céu de são paulo. Longe de ser um por do sol romântico do interior, o céu estava amarelo por causa da poluição e cheio de nuvens cinzas acima. Olhando a noroeste, abaixo do céu e das nuvens, se via o fim de são paulo, e mais abaixo uma profusão de manchas cinzas formada por prédios e viadutos.
Lembrava um cenário de um filme cyberpunk, com a diferença que a cidade ainda não havia sido destruída e não havia o Harrisson Ford. Acho que eu me senti interado com o mundo nessa hora, coisa que é díficil de sentir quando você vive na ilha verde da usp. Deve ser por isso que eu achei aquilo tudo tão lindo.

Depois ainda teve um atraso de seis horas no show que eu ia ver, capaz de deixar a mais paciente das pessoas com vontade de matar todos a sua volta. Mas ao invés de matarmos uns aos outros, levamos o tempo conversando entre o black dog da mooca e um bareco.

Estranhamente, foi um sábado sublime.

*o show que eu fui ver era do sonora.
a banda do pablo, pra quem conhece a figura é desnecessário quão boa a badolha é.
entra aí, http://www.myspace.com/sonorarocks