Acabo de retornar da Vila Madalena, onde finalmente assisti o show do Hurtmold. Segue aqui o relato.
O lugar era ótimo, um bar grande e ajeitado. Ser grande e ajeitado trazia algumas conseqüências claras, como as águas de três reais.
Apesar de nunca ter visto uma aglomeração de fãs do estilo, eles realmente parecem fãs de pós-rock. Seriam indies sem botons e barbudos. Estudantes de comunicação em fim de curso. O que dava pra perceber que ao invés de cybershots, rolavam somente nikons e canons com objetivas imensas.
Já a banda, bem, é díficil perceber o limiar entre a passagem de som e o começo da primeira música. No meio de uma cacofonia sonora, eles entram contudo e sem olhar pra platéia. Olham seus instrumentos, os outros integrantes, ou, na maior parte do tempo, o teto. Sempre com os olhos semi-cerrados.
Isso trás consigo uma concetração absurda, que também passa para a platéia, que passa o tempo inteiro de braços cruzados e balançando lentamente.
Pessoas paradas o tempo inteiro, uma banda que só se referiu à platéia depois da última música, isso parece chato?
Nem fudendo. O transe que se entra ao ver a banda é incrível, a música me absorvia duma forma que eu não lembro de já ter ocorrido comigo. Em cada fim de música todos irrompem em aplausos. Eu próprio pensei que podia ser um saco, mas fica bem longe disso. Emociona, um monte ainda.
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