Oct 29, 2006

isso é um problema de toda humanidade...

ou será que eu sou o único que troca os botões de deletar e responder scraps do orkut???

Oct 20, 2006

rolling stone magazine brasil

aproveito para tirar a poeira do meu blog e lembrar quem tá por fora do rolê do pop: saiu hoje a primeira rolling stone magazine brasileira.

ela mesma: publicidade, modelos lindas, rock mainstream, diagramação cabreira e manipulação de massa.

saía do computador, e vá até a banca. eu já to com a minha.

as conclusões agente tira depois de ler. ou ver.

Oct 8, 2006

Franz Zappa gravou seu primeiro album com 26 anos de idade.

Me aguardem.

Oct 7, 2006

com que cara você vai ficar quando se formar?

Piero Advogado.

Piero Engenheiro.

Piero Professor.

Piero Veterinário.

É o seguinte: a unisa está fazendo um simulação de como você vai ficar depois de formado, dependendo da área que você escolher. Você manda uma foto pra eles em www.comquecara.com.br. Depois disso o site te mostra seus vários possíveis destinos.

Chegeui até a pensar que a análise dessas fotos talvez pudesse ser o jeito de acabar com todas minhas dúvidas perante meus rumos. Achei meu melhor eu o advogado. Para as biológicas, já deu para ver que eu não levo jeito.

Meus parabéns para eles pela pior campanha publicitária da história!

Oct 4, 2006

eu e são paulo, dois anos e poco depois

desci do ônibus vindo da usp no Metrô Vila Madalena. precisava atravessar a rua, ir até o começo da avenida pompéia e pegar um ônibus pro sesc.

era só atravessar uma faixa de pedestres logo na minha frente, mas instintivamente eu havia entrado dentro do metrô, descido a escada rolante e atravesseado por dentro dele.

neste processo, eu estava me perguntando o porquê do meu estranho caminho. lembrei que havia feito isso duas semanas atrás. me perguntei porquê denovo e lembrei que estava chovendo na quarta-feira retrasada.

porquês resolvidos, saio do metrô e sinto um baque fudido na minha visão daquela rua. era um sentimento estranho, próximo de um choque. a impressão de revisitar um lugar antigo.

lembrei-me que foi ali em setembro de 2002 que eu havia saído pela primeira vez do metrô. era a primeira vez que eu estava em são paulo. um pouco antes do anoitecer, são paulo cheio de buzinas, pixações, gente feia e uma grande massa cinzenta no céu. tudo isso sem eu ter a menor idéia de onde estava. foi alí, naquela hora, que notei que são paulo era o caos, mas eu estava maravilhado.

como parei ali? bem, havia ganho uma carona do morumbi até o santa cruz e tinha acertado com os pais do meu amigo curitibano que viria de táxi para a casa na qual eu estava hospedado no alto da lapa, mas sabia que era caro pra cacete. por isso resolvi tomar um metrô até a vila, para ali então tomar o taxi. tá certo, na verdade eu nem sabia o quão caro era, eu sabia que eu queria conhecer o metrô e andar um pouco sozinho por essa cidade.

no Metrô Santa Cruz, eu tinha encontrado minha primeira amiga paulistana, nicolle. lembro também dela me deixando na linha verde na estação ana rosa, enquanto eu descobria o significado de baldeação e exclamava que são paulo em baixo da terra era muito mais limpo e lindo! Não sabia o que era o Jabaquara e nem onde era a linha lilás, mas achava aqueles mapas lindos. olhava cada nome de estação com atenção. ao descer na vila madalena, saí do metro pela primeira entrada que pude, conhecendo aquele lugar cujo nome ainda iria me remeter a muito mais que uma novela.

mas agora eu estava ali naquela mesma vila dois anos depois. e não iria esticar o dedo pra táxi nenhum. já sei que aquilo lá é a heitor penteado no lado par e sei que a casa do pablo é logo ali do lado.

sei que devia parar um ônibus e perguntar se desce a pompéia inteira. sei aonde são pelo menos uns cinco sescs. sei onde é a esquina da ipiranga com a são joão. sei que to tentando a sorte nessa cidade, mas não sei ao certo o que é tentar a sorte, ainda mais nessa cidade. sequer sei se gosto dela.

Oct 2, 2006

acho legal, acho cafona, acho piegas

as vezes acho que fazer crítica cultural, pois mais divertido que seja, é inutil. porém na maioria do tempo eu acho que os fatos (?) são bem mais inuteis que as opiniões, logo, volto a achar a crítica util.

pras pessoas pras quais as opiniões são o que realmente interessa, entrem aqui.

o Metacritic tem tudo pra ser um site daqueles que todo mundo conhece menos eu, o que eu espero que não seja verdade. Afinal, ele é bom demais.

dividido por categorias, o que ele faz é copilar reviews de vários meios da coisa a ser analizada e fazer uma média da nota, mostrando aquilo que realmente tem sido agraciado pela mídia.

ele funciona como o Rotten Tomatoes, só que mais abrangente, pois pega até albuns e livros desde 2001.

por exemplo, o album novo do mastodon tem a nota média de 83. Isso mostra que ele realmente vem sendo elogiado, e não só por mim. Inclusive eu logo, logo faço um post tentando convencer você a escutá-lo.

bizarro também que a segundo maior nota desse ano é pruma coletânea da tropicália!!! ou, melhor dizendo, Tropicalia: a brazilian revolution in sound (uou!).

Oct 1, 2006

ratos no hangar

Você nota que tem algo de estranho nos seus relacionamentos pessoais quando você vai prum show do Ratos de Porão porque sua namorada queria muito. Note bem que é de estranho e não de errado. Ou seja, já entregando a bola no começo do review, o show foi bom. Surpreendentemente, é claro.

Com uma preguiça do inferno, cheguei ao hangar. A impressão que tive ao chegar naquele casa era que eu estava numa realidade paralela na minha adolescência. Explico: eu era banger. Assim, metaleiro. Camiseta do angra, manja? O pessoal das camisetas do black flag, a única que eu reconhecia das bandas de harcore na época, eram os outros. Eu não estava com uma mina quase-gótica no show do Dragonheart ou dum Nightwish cover, estava com uma garota que gostaria de bater cabeças e gosta de caixas marcando o tempo.

Cinco minutos depois de entrarmos já escutavamos o berro do João Gordo atrás da cortina e a parte mais esteriotipada do show: os berros de TRAIDOR pro membro da MTV e dj do d-edge.

Traidor esse que manda bem. Se movimenta o quanto sua gordura e a tal érnia de disco, que ele reclama o show inteiro, permitem. Já o Jão tem cara de ex-ecano, coisa que ele é. Meu veterano de 35º ano, confirmando que quem faz jornalismo não tem muito futuro. O baterista usava uma fitinha vermelha, que deixava-o com cara de baterista de hardrock farofa, e o baixista se mechia insamente. Magérrimo, parecia ter se injetado o quanto o gordo bebeu na vida.

Moshs, rodinhas e cabeças batendo o show inteiro, como previsto. O público, que devia ter uns 25 anos na média, tinha bastante energia. E era predominantemente masculino. Devia ter eu e mais três acompanhados. O povo berrava poucas músicas. Ninguém conhece tão bem as músicas deles assim.

Discursos comédia durante o show, estimulos ao voto nulo e piadinhas sobre a traição. Previsível, mas melhor que o que eu esperava. As músicas que flertam com o metal, chupinhando o slayer, são as mais decentes.

Na hora que eu cansava da bateira marcada o show acaba. Na hora certa. Show certeiro, noite recém começando e metrô pra casa, afinal os triplos xizes acabam o show antes da meia-noite. Wonderful.