Sep 19, 2006

no primeiro tomo de o tempo e o vento, escrito pelo primeiro dos Veríssimos, rola um cerco num sobrado. um cítio padrão: ninguém entra, ninguém saí. nada entra, nada saí. dessa forma se vai muito tempo, que não lembro quanto era ao certo.

em certo momento o patriarca da família entra em desespero, pois acabou o tabaco, a comida e o mate.

achei exagerado o desespero do protagonista por causa do fim da Ilex paraguariensis na sua residência. achei que isso havia sido descrito somente por érico ser um gaucho-ufanista-tradicionalista-bairrista, se bem que só a palavra gaúcho já seria o suficiente para exprimir todas essas características.

mas quando domingo de manhã foi feita uma cuia de chimarrão com o resto do último pacote de erva-mate sulista da minha casa, senti desespero semelhante.

depois de tomar todos os dias o doce desse amargo [que] me faz bem, na minha frente vi o último purungo cheio. mas ao longe vi um longo mês longe do sul sem a dita erva-mate.

claro que essa dramatização acabou quando me dei conta que vivo num mundo globalizado. algumas horas depois me compraram mais erva na boca do truta diniz, vulgo Pão de Açucar, e agora tenho mais ela por uma semana.

3 comments:

LBL said...

Ta tomando chimarrão todo dia???haauahuah
q massa
bjs mano

Elisa said...

de nada!

Anonymous said...

"compraram mais erva na boca do truta diniz, vulgo Pão de Açucar" - fenmenal. por isso q eu t admiro, sabia? por frases fenomenais como essa.