Dec 4, 2006

sobre o cara do fugazi, um mês depois

Nos dia 7 e 15 de novembro, eu vi dois shows de Joe Lally. Com um mês de atraso, venho tentar juntar farrapos de memória e detalhes daquilo para dar uma eternizada nisso tudo.

Aprensentando o cara
Joe Lally é ex-baixista do FUGAZI. O Fugazi deve ser a melhor banda independente que já existiu, dizem que é a maior e com certeza é a mais amável. Nunca ouviu? Não te culpo. Corra atrás doidamente do primeiro (13 Songs) e do último (Argument) álbum dos caras.

Ele era um integrante apagado, talvez o mais discreto da banda ao vivo. Mas acredite-me: qualquer resto de Fugazi vale muita, mas MUITA coisa mesmo. Ainda mais tocando com dois integrantes do Hurtmold, que já valem qualquer show por si sós.

O trabalho do cara
É bom. Mas nada sensacional. Ouvi três vezes antes do show e uma depois, mas já passou a idéia. No tal There to Here as ótimas linhas de baixo que haviam do fugazi ainda existem. Mas a coisa é muito mais instrospectiva, arrastada, enfim, uns seis anos mais velha. Quanto as coisas dele, prefira o Ataxia, com Frusciante.

O destino do Ian Mackye, ex-vocalista do Fugazi, no The Evens, é algo que vale bem mais um conferida... mas como não foi ele que veio pro Brasil agora, não vou me alongar.

O show do cara
Bom. Valeu muito os vinte e dois contos, gastos no total, por dois show. Como a memória não se articula, vamos por partes

O Público
Estereótipo de estudante de comunicação em fim de curso. Barba, adidas, alargadores e caps, a nova moda da vanguarda paulistana. Eles renderam algo único: Brigar e olhar MUITO torto para quem falasse no meio do show, tamanha era a concentração de todo mundo balançando pra frente e pra trás vagarosamente. Sem catarse nenhuma, todos concentrados. Curtindo a música pacas.

Joe Lally
Não berra. Fala calmamente. Canta calmamente. Faz discursos, bonitinhos, calmamente. E suas músicas são todas calmas inteiras. Acho que isso enche um pouco o saco. Apesar de bonitas, sempre levadas pelo vocal junto com uma linha de baixo bem clara, elas vão do nada pro lugar nenhum. Num momento pede pra desligar a máquina de fumaça do sesc, falando The building is not on fire and we don't need to pretend it is. Isso que é legal no cara, ele realmente tá ali pela música. E só por isso.

Os dois do Hurtmold
Tavam discretos, sentados, mas...tocando pra cacete. Principalmente o Takara, baterista. Usa correntes, pandeiros, triângulos de forma perfeita. Não tem o que reclamar desses caras.

Chopperia do Sesc Pompéia
O melhor lugar pra show em São Paulo, não há dúvida. O incrivel é que o Joe Lally falou que não tem lugar legal que nem o sesc nem em Wahington DC. Glória a Lina Bobardi.

* se quiser ilustração pra TODOS os show que eu comento neste blog, entra nesse flickr. Apesar de eu não ter certeza que eu já vi ela, a tal Caroline Bittencourt tá em qualquer show que eu vá, e as fotos são maravilhosas.

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