Jan 19, 2007

sobre o ano passsado, finalmente

estava sem internet até agora, então, chegou agora: os melhores álbuns de 2007. será curtinho, só pra ficar aquilo de mais relevante que eu ouvi nesse ano, e pra você escolher um e ir atrás também.

o melhor do ano: Blood Mountain, Mastodon

No mainstream tem gente que acha que o metal se renova com o new metal. Os indies modernosos acham que é fazendo samplers, usando sintetizadores excessivamente ou flertando com o pós-rock.

Tá, tem muita banda da hora no meio das duas coisas. Mas tem aquele metal no sentido mais metal da coisa, manja? Sabe aquela coisa bem...true? Então, é aqui que o Mastodon entra. Neste álbum está tudo que o metal tem de melhor: guitarras dobradas, baixos dobrados com essas mesmas guitarras, vocais gruturais, pedais duplos, virtuose em todo os instrumentos, letras sobre lobos e congêneres e aquele mesmo flerte com o hardcore que o slayer tinha. É dentro disso que o Mastodon inova, um pouco de jazz nas melodias e na bateria, a ajuda do mano do Queens of The Stone Age e um dos melhores bateristas da atualidade levam o Mastodon a outro patamar.

O Mastodon fez um álbum que dá vontade de deixar o cabelo crescer de novo, se vestir de preto e deletar do computador todos seus cds que não tem sangue na capa. Por isso que é o melhor do ano, facinho, facinho.

o que eu já esperava: The Eraser, Thom Yorke

Se pá a melhor cabeça musical dos últimos muitos tempos, ninguém duvidava que o solo do líder do Radiohead seria sensacional. Não revolucionou a música de novo, tadinho. Mas mandou um puta álbum, algo como um Kid A mais pop.

O baixo, presente em quase todo o cd, manda melodias dignas de qualquer negão da década de 70. Músicas como Harrowdown Hill e Black Swan tem um groove absurdo. Isso, combinado com o sintetizadores modernosos e a voz de Yorke, deixa o álbum parecendo uma ótima mistura de IDM e Funk.

Dado o ótimo aperitivo, é esperar o novo do Radiohead esse ano.

o que eu não esperava: YS, Joanna Newsom

Harpas, violinos, um pianinho de vez em quando, vocal agudo, músicas de quinze minutos, nenhuma percussão e letras sobre uma cidade fantástica inundada. Um álbum acústico de metal melódico? Não. Um álbum inclassificável do qual eu nunca vi nada parecido.

Da preguiça de ouvir? Claro. Mas as imensas músicas descem maravilhosamente bem já nas primeiras ouvidas. As melodias vocais te carregam o cd inteiro enquanto os outros instrumentos fazem uma textura maravilhosa. Tudo mixado por Jim O`Rourke, o gênio por trás dos da produção dos álbuns do Wilco. Sem nada de fofura indie, essa mulher mandou o álbum mais lindo e melodioso do mundo.

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