Bertold Brecht, cara forte do rolê da dramaturgia, uma vez falou que a finalidade maior da arte tem que ser a diversão. Curto essa idéia do rapaz, e isso justifica plenamente o momento em que os Los Hermanos tocaram Ana Julia ontem.
Explico: você deve saber que por anos o único super hit da banda ficou fora do set list. Por mais que Amarante negue isso de formas engrassadíssimas, não adianta: eles renegaram a música durante anos com medo de serem reconhecidos por ela. Agora, com anos de indiezisses e afins, eles podem tocar ela de novo, a nível de zoeira, com segurança. Sim, a música É uma ENORME merda e também NÃO funciona ao vivo. Mas foi MUITO divertido. Ela destoa totalmente do resto, e é engraçadissimo tanto a música quanto a cara do público, dividido em permanecer parado ou pular doidamente. Só alegria.
Guy Debord, francês, 1968 e tudo aquilo que tu já ouviu falar, dizia que nós não vivemos nossa vida realmente e sim, simulações baratas dela. Trocamos nossa vida real por espetáculos, uma espécie de fuga quando voltamos a uma vida de merda.
Um dia depois do show, ele está inteiro online. Ninguém nem digere ele direito, e já trocou as sensações pelas do youtube. Afinal, você nem tinha o que fazer num sábado de tarde né...
João Gilberto, velho e ranzinza, certa vez ficou puto numa casa de show por causa de um ar-condicionado que atrapalhava seu som. Se qualquer integrante de qualquer banda de ontem tivesse um milésimo da chatisse do cara da bossa, o show não rolava. Afinal, não sei quem diabos teve a idéia de fazer um show num circo. Pode parecer até legal, mas só antes de você chegar lá. Por mais óbvio que possa parecer, não custa nada lembrar: tendas não tem acústica, circos foram feitos para elefantes, e não para bandas como o Hurtmold, que abriu o show de forma bizarra. Sei que eles, enquanto banda vanguardista com 8240527 sintetizadores e afins no palco, já haviam recusado tocar no Curitiba Rock Festival do ano passado por não terem podido passar o som. Logo, não sei como eles subiram ao palco com aquele som de ontem. Tratamento escroto para uma das maiores bandas do país, sem mencionar as filas imensas que impediram boa parte da galera de ver aquele show inteiro.
Explico: você deve saber que por anos o único super hit da banda ficou fora do set list. Por mais que Amarante negue isso de formas engrassadíssimas, não adianta: eles renegaram a música durante anos com medo de serem reconhecidos por ela. Agora, com anos de indiezisses e afins, eles podem tocar ela de novo, a nível de zoeira, com segurança. Sim, a música É uma ENORME merda e também NÃO funciona ao vivo. Mas foi MUITO divertido. Ela destoa totalmente do resto, e é engraçadissimo tanto a música quanto a cara do público, dividido em permanecer parado ou pular doidamente. Só alegria.
Guy Debord, francês, 1968 e tudo aquilo que tu já ouviu falar, dizia que nós não vivemos nossa vida realmente e sim, simulações baratas dela. Trocamos nossa vida real por espetáculos, uma espécie de fuga quando voltamos a uma vida de merda.
Um dia depois do show, ele está inteiro online. Ninguém nem digere ele direito, e já trocou as sensações pelas do youtube. Afinal, você nem tinha o que fazer num sábado de tarde né...
João Gilberto, velho e ranzinza, certa vez ficou puto numa casa de show por causa de um ar-condicionado que atrapalhava seu som. Se qualquer integrante de qualquer banda de ontem tivesse um milésimo da chatisse do cara da bossa, o show não rolava. Afinal, não sei quem diabos teve a idéia de fazer um show num circo. Pode parecer até legal, mas só antes de você chegar lá. Por mais óbvio que possa parecer, não custa nada lembrar: tendas não tem acústica, circos foram feitos para elefantes, e não para bandas como o Hurtmold, que abriu o show de forma bizarra. Sei que eles, enquanto banda vanguardista com 8240527 sintetizadores e afins no palco, já haviam recusado tocar no Curitiba Rock Festival do ano passado por não terem podido passar o som. Logo, não sei como eles subiram ao palco com aquele som de ontem. Tratamento escroto para uma das maiores bandas do país, sem mencionar as filas imensas que impediram boa parte da galera de ver aquele show inteiro.
1 comment:
Piero Locatelli. Crítico e pitaqueiro profissional com pose padrão de estudante de comunicação conhecedor de nomes estranhos a um reles mortal.
true
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