Finalmente me deparei com uma britadeira de verdade! Para mim elas sempre foram coisa de operários do começo do século XX, cuja maior utilidade na nossa época foi aparecer em desenhos incomodando o Pato Donald.
Apesar do charme do aparelho, engano seu se acha que esse meu encontro com ele foi prazeroso! Talvez o maior motivo desse desprazer tenha sido o horário: sete horas e dois minutos da manhã de uma terça-feira. Disposto a ferrar com a minha falta de rotina, a dita cuja me acordou de uma forma que nenhum despertador jamais seria capaz! O insuportável barulho dele é metálico, ritmado e vai ficando menos constante para o fim, como uma bolinha de gude de duas toneladas de ferro sendo jogado ao chão em intervalos irregulares.
Foi esse o meu contato com ela. Sequer a vi, pois as obras do metro não ficam ao alcance da minha janela. Como eu sabia que era realmente uma britadeira? Pela similaridade da forma do som com o das britadeiras dos desenhos animados. Similaridade que acabava por aí: o volume das tvs são mais baixos e o barulho tem fim nas animações. Na vida real, por sua vez ela fica quase uma hora sendo ligada em intervalos caóticos, que causavam a mesma agonia de uma crise de soluços. Quando se acreditava que ela havia finalmente parado e e era possível relaxar, o som metálico que premeditava a nova série de barulho vinha novamente à tona!
Quando eu consegui dormir? Não sei ao certo. Lembro de eu agoniado, rolando na cama com travesseiros sobre a minha cabeça e até pensando em ir para algum amigo próximo. Como numa crise de soluço, quando eu menos percebi, ele havia acabado. Ou seja, eu acordava com um telefonema duma amiga minha, demorando pra racionar que se eu estava acordando, eu havia dormido. E seu eu havia dormido, o barulho havia parado. E por grande sorte, naquela hora não haviam mais britadeiras na minha vida.
Apesar do charme do aparelho, engano seu se acha que esse meu encontro com ele foi prazeroso! Talvez o maior motivo desse desprazer tenha sido o horário: sete horas e dois minutos da manhã de uma terça-feira. Disposto a ferrar com a minha falta de rotina, a dita cuja me acordou de uma forma que nenhum despertador jamais seria capaz! O insuportável barulho dele é metálico, ritmado e vai ficando menos constante para o fim, como uma bolinha de gude de duas toneladas de ferro sendo jogado ao chão em intervalos irregulares.
Foi esse o meu contato com ela. Sequer a vi, pois as obras do metro não ficam ao alcance da minha janela. Como eu sabia que era realmente uma britadeira? Pela similaridade da forma do som com o das britadeiras dos desenhos animados. Similaridade que acabava por aí: o volume das tvs são mais baixos e o barulho tem fim nas animações. Na vida real, por sua vez ela fica quase uma hora sendo ligada em intervalos caóticos, que causavam a mesma agonia de uma crise de soluços. Quando se acreditava que ela havia finalmente parado e e era possível relaxar, o som metálico que premeditava a nova série de barulho vinha novamente à tona!
Quando eu consegui dormir? Não sei ao certo. Lembro de eu agoniado, rolando na cama com travesseiros sobre a minha cabeça e até pensando em ir para algum amigo próximo. Como numa crise de soluço, quando eu menos percebi, ele havia acabado. Ou seja, eu acordava com um telefonema duma amiga minha, demorando pra racionar que se eu estava acordando, eu havia dormido. E seu eu havia dormido, o barulho havia parado. E por grande sorte, naquela hora não haviam mais britadeiras na minha vida.